Que sorte e vil degradante
Ai que saudades eu sinto em mim
Do meu viver de estudante"
Caros e iridiscentes cibernautas,
Começo este post com os primeiros 4 versos do fado do estudante intrepretado pelo Grande Vasco Santana no filme português "Canção de Lisboa".
Fado que nesta altura da minha jornada académica faz todo o sentido. Cheguei a esta conclusão porque há uns dias me pus a pensar em que ponto me encontrava da minha vida estudantil.
Encontrado-me eu na recta final deu-me a saudade e fiquei um tanto ou quanto melancólico.
Foram 4 anos de plena loucura por entre aulas, trabalhos, frequências, exames e estágios.
Ainda assim houve tempo "Para namorar, beber, folgar"...
Nos momentos de reflexão sobre tudo o que me aconteceu em cada ano que gastava 450€ durante dez meses (com os sucessivos aumentos) devo admitir que em demasiadas situações prescindi da minha vida social (fora daquele antro de conhecimento que é o edifcio urbiceuta).
Os calhamaços que eu lia
Os professores da faculdade (Fado do Estudante)
E a mesa da anatomia"
Mas como tudo na vida houve momentos bons e momentos péssimos, momentos inquantificáveis e momentos simplesmente ranhosos...
Como qualquer estudante que se preze houve noites de grande folia; serenatas; recepção aos caloiros; rali tascas; jantares de turma; jantares porque sim; jantares porque o dia tem 24 horas; jantares para celebrar os jantares anteriores.
Tudo isto pode está bem expesso nos seguintes trechos musicais:
"Sempre a tinir sem um tostão "Esta vida é de loucosBatina a abrir por um rasgão Esta vida é de ir e vir
Botas a rir num bengalão e ar descarado Quando um homem bebe uns copos
A vadiar com outros mais Começa logo a cair"
E a dançar para os arraiais
Para namorar beber, folgar cantar o fado"
(Fado do Estudante)
Nestes 4 loucos anos aconteceram amores, desamores, desgostos, e risos apaixonados;
Climas românticos; climas de tensão; climas de medo
Foi um periodo rico em todos os tipos de situações que provocariam a libertação de endorfinas (paixão, amor e sexo)
"Nesse fugaz tempo de Amor Nenhuma delas me prendeu
Que de um rapaz é o melhor Deixá-las eu era canja
Era um audaz conquistador das raparigas Até ao dia que apareceu
De capa ao ar cabeça ao léu Essa traidora de franja"Só para amar vivia eu, sem me ralar
A vadiar e tudo mais eram cantigas
Apesar de os bravos (segundo o gigante Bafo do Dragão) não estarem presentes nas desventuras e aventuras que tive opurtunidade de experenciar na faculdade eles sempre permaneceram como uma ajuda externa, uma lufada de ar fresco que tanto serviu para esquecer todos os problemas que vivenciei...
Portanto desde já o meu muito obrigado.....
Conheci pessoas, criei laços de amizade, marquei pessoas e fui marcado por pessoas, cativei amizades e fui cativado...para todas as pessoas que me aturaram vai o meu obrigado...
No final sobre as cores de azul e vermelho "jurarei" cumprir todos os deveres que me forem atribuidos (aliás para os quais passei 4 anos a estudar)...
Portanto com um ligeiro lacrimejar (mas ainda sobre a forma de Even Cry) revejo tudo o que passei com todo o suor, sangue e lagrimas bem presente mas com o verdadeiro sentimento de que valeu apena porque finalmente consegui...
Sinto que vale apena também relembrar e retomar a saborear todas as bebidas que bebi e todas as vezes que em vez de andar levitei, para tal aqui esborrato o traçadinho completo...
"Vejo a lua duas vezes
E o céu esta a abanar
Que diabo aconteceu
Como é que aqui vim parar
As pernas estão a tremer
Isto agora vai ser bom
Queria cantar um fadinho
Mas não acerto no tom
Refrão
Desta vez estou mesmo à rasca
Vou-me pirar de mansinho
Não volto àquela tasca
Não volto àquela tasca
Não bebo mais traçadinho
Tenho a guitarra partida
Esta noite é para desgraça
Não conheço esta avenida
Mas que diabo se passa
Esta vida é de loucos
Esta vida é de ir e vir
Começa logo a cair"
Desde já me despeço com a frase tipica deste blog:
Even Cry...
...like a baby!!
bolas.... eu tou aqui desfeito em lágrimas pá.... grande ricardo
ResponderEliminarcontinua a postar autenticas verdades universais :D